Papa: a oração não faz mágicas, é preciso rezar com humildade
27 de maio de 2021A certeza de ser ouvidos: este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral nessa quarta-feira (26/05), realizada com a presença de fiéis no Pátio interno do Palácio Apostólico.
O Pontífice acrescentou mais um capítulo à sua série sobre a oração, falando das preces que parecem permanecer desatendidas, algo que podemos interpretar como um escândalo. Francisco citou as inúmeras orações pelo fim dos conflitos, com guerras em andamento em muitos países, como no Iêmen e na Síria.
Mas se pode questionar: “Se Deus é Pai, por que não nos ouve? Todos nós fazemos esta experiência”, disse Francisco: todos rezamos pela recuperação de um amigo, de um pai, de uma mãe, que depois se foram.
A oração não é uma varinha de condão, mas um diálogo com Deus
Uma boa resposta está contida no Catecismo, afirmou o Papa, pois adverte para o risco de transformar a relação com Deus em algo mágico, e não numa autêntica experiência de fé. “A oração não é uma varinha de condão, mas um diálogo com Deus.”
Com efeito, podemos cair na pretensão de que Deus deve nos servir, e não contrário. Que Ele deve realizar os nossos desejos, sem que admitamos outros projetos. Mas a humildade é a primeira condição. Jesus teve a grande sabedoria de colocar sobre os lábios o “Pai-Nosso”, pedindo que se realizasse a vontade do Pai no mundo.
Francisco adverte ainda para as súplicas por motivos duvidosos, como o de derrotar o inimigo em guerra, sem se questionar o que Deus pensa daquela guerra.