Preocupação com a sustentabilidade é uma prioridade nas áreas de Engenharia
21 de junho de 2021Nos últimos anos a preocupação com a sustentabilidade passou a ser uma prioridade em diversos segmentos, em especial nas áreas de Engenharia. O engenheiro civil e diretor do Centro Universitário FAMETRO, Leandro Albuquerque, explica que, da Mecânica à Elétrica, todas as áreas da Engenharia estão hoje alinhadas com esse novo cenário, em que o consumidor procura por produtos e serviços que não impactem negativamente no meio ambiente. “A tendência, nos últimos anos, é a otimização dos recursos e entregas eficientes”, afirmou.
Leandro ressalta que os projetos para serem bem aproveitados pela sociedade precisam ser, além de sustentáveis, economicamente viáveis. As lâmpadas de LED, por exemplo, que permitem uma economia de energia considerável, custavam em média R$ 25, até pouco tempo atrás. Hoje, com o aprimoramento da tecnologia, o custo caiu para R$ 7, R$12. “Praticamente todas as pessoas utilizam em suas residências esse tipo de lâmpada. Por uma questão econômica, o consumidor vai optar pelo item que tem menor custo. Também não tenho dúvida de que vai preferir serviços e produtos que alinhem preço e benefício para o meio ambiente”, frisou.
Outro exemplo nesse sentido são os painéis de captação de energia solar. “Os projetos, assim como no caso das lâmpadas de LED, tinham preços muito elevados, mas a tecnologia evoluiu e, atualmente, cada vez mais pessoas têm aderido pela economia que proporcionam, além da questão ambiental”, pontuou.
De acordo com Leandro Albuquerque, na Engenharia Civil a evolução no processo de construção é nítida. As empresas têm optado pela utilização de produtos menos poluentes, reutilização e reciclagem de materiais e de recursos, inclusive reuso de água, contribuindo com a redução do consumo de energia, vez que a temperatura fica estável. “Todas essas iniciativas reunidas reduzem, consideravelmente, o impacto ao meio ambiente. São alternativas que vão sendo desenvolvidas e adotadas pelas empresas e que, quando somadas, fazem bastante diferença. A busca por matérias e processos construtivos que além de buscar a mínima degradação ambiental geram benefícios diretos aos usuários conforto e economia”, destacou.
Ele aponta como exemplo o amianto, que durante anos foi usado na fabricação de telhas – hoje não é mais – e que é um produto tóxico. A sua retirada, causa a degradação do meio ambiente. O seixo rolado, que é retirado do fundo dos rios e que por isso acaba por modificar e prejudicar o percurso das águas, também aos poucos está sendo substituído por sobras de outras construções.
Para Leandro, as áreas de Engenharia como um todo são o termômetro do momento atual de cada país e isso é sempre ressaltado por ele em sala de aula, aos estudantes da FAMETRO. “Cada área vai criando e se adequando conforme as demandas da sociedade vão surgindo. Os profissionais que atuam ou que pretendem ingressar em alguma dessas áreas precisam ter em mente que a sustentabilidade veio para ficar. A tendência é só evoluir no desenvolvimento de projetos que se adequem a essa realidade”, observou.
Foto: Divulgação