EVANGELHO DESTA SEGUNDA, 11 DE AGOSTO – Dia de Santa Clara de Assis
11 de agosto de 2025* Emerson Miranda é jornalista, radialista profissional, professor, mestre de cerimônia, ministro da Palavra, da Sagrada Comunhão e Celebrante da Igreja Católica. (Graduado em comunicação em rádio e TV pela Universidade Uninorte, Linciatura em História pela Universidade ÚNICA, Pós-Graduado em Comunicação em Marketing Empresarial pela Universidade Uninorte). Além de ser 3 vezes vencedor do prêmio de jornalismo do Amazonas.

EVANGELHO DO DIA
S. Mateus 17,22-27
Naquele tempo, 22 quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23 Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24 Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?” 25 Pedro respondeu: “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26 Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27 Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.
REFLEXÃO
Queridos irmãos e irmãs, paz e bem!
Hoje, na memória de Santa Clara, recebemos esse Evangelho que, inicialmente, coloca Jesus como sendo suspeito de sonegação. Como se Jesus estivesse praticando a chamada evasão fiscal.
Taxa de imposto
Mas Jesus já havia feito um “post” dizendo: “Dai a César o que é de César; dai a Deus o que é de Deus”. Ou seja, a posição de Jesus em relação aos impostos e às taxas cobradas pelo Império Romano já estava bem clara, e Jesus já tinha isso bem claro.
Tanto que Jesus era exemplar nesse aspecto social, na dimensão social. Até porque as relações de Jesus com pessoas ligadas a funções fiscais nos dão uma clareza sobre isso. Basta lembrar o chamado de Levi, que era um cobrador de impostos. Basta lembrar também a experiência de Jesus com Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos… e outras vezes em que Jesus fez refeição com publicanos, que eram pessoas ligadas também às taxações do Império Romano, ou seja, Jesus tinha relacionamento com todas essas pessoas.
Ele não seria nem um pouquinho bobo se ele não fosse, em primeiro lugar, exemplo, para a vida dessas pessoas.
A Liberdade dos Filhos de Deus
A taxa da qual ele fala, aqui no Evangelho, é a taxa anual para a manutenção do templo e também o sustento do clero judaico. Era um imposto religioso que está aqui no contexto do Evangelho. A moeda à qual Jesus se refere era o “stater”, que correspondia a quatro denários ou um “shekel judaico”.
A Analogia com os Reis da Terra
Jesus sinaliza uma isenção análoga àquela das instituições religiosas. Desde a época de Jesus, as instituições religiosas eram privadas do pagamento de determinados impostos, como nos dias de hoje ainda nós temos isso. Roma fazia pesar sobre os povos dominados as taxas, mas isentava os seus cidadãos. E Jesus usa disso para falar da liberdade dos filhos de Deus.
Uma Liberdade que se Estende a Nós
Tanto que Jesus não fala “o filho é livre para fazer referência à Sua pessoa”, mas ele diz ‘os filhos são livres’. Jesus usa no plural, justamente para demonstrar que nós também somos livres em Deus, somos filhos d’Ele. Aparece aqui esse peixe – os peixes, normalmente, engolem objetos pequenos. A referência é o peixe de Pedro, que seria uma espécie de tilápia, capaz de engolir moedas ou outros objetos.
Pagar para Não Escandalizar
Mas Jesus pede a Pedro justamente para cumprir aquilo que, depois, nós lemos na Carta de São Paulo aos Romanos.
Dá-lhe a cada um o que lhe é devido: A quem tributo, tributo. A quem imposto, imposto. A quem temor, temor. A quem honra, honra. Ou seja, Jesus não veio para ser um contraditor da lei, veio para ser exemplar da lei.
E aqui, nesse contexto, Ele nos mostra que os filhos são livres. Nós não devemos nada porque Jesus pagou o preço do nosso resgate, da nossa salvação. Portanto, nós somos livres no Senhor.
Desça sobre nós a bênção do Deus Todo-Poderoso, PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO. Amém!
* A reflexão do Evangelho do Dia é publicado neste Portal, de segunda a sexta-feira. No sábado e domingo, todos estão convidados a ir a uma igreja católica próximo da sua casa e participar da Santa Missa!