Prefeitura de Manaus registra 309 casos de Influenza nos últimos dois meses
14 de dezembro de 2021A Prefeitura de Manaus registrou, nos últimos dois meses, 309 casos confirmados de Influenza na capital. Destes, 272 são do tipo A sazonal (H3N2). Os outros 37 não foram especificados por subtipo. Dados do Departamento de Controle, Regulação, Avaliação e Informação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) indicam que a maior incidência foi na faixa etária de 21 a 30 anos, com 113 casos. Entre os idosos de 60 anos e mais, e crianças de até cinco anos, que estão nos grupos prioritários e receberam a imunização contra a doença, o número de casos foi de 12 em cada.
De acordo com dados da Semsa, no período de 13 de outubro a 13 de dezembro deste ano, foram realizadas 2.726 coletas para exames em pacientes sintomáticos, com a confirmação de 309. No mesmo período do ano passado, foram feitas 427 coletas, todas com resultado negativo.
A titular da Semsa, Shádia Fraxe, alerta para a necessidade de cuidados para se proteger do contágio. “Estamos no período chuvoso, altamente propício à ocorrência de síndromes gripais. É preciso que as pessoas observem as medidas individuais de proteção que já vêm sendo usadas para o novo coronavírus e suas variantes, como o uso de máscara, a lavagem frequente das mãos antes de tocar nos olhos, boca e nariz, e uso de álcool em gel. São coisas simples que podem evitar essas doenças”, orienta.
A secretária lembra que os indivíduos doentes devem manter repouso, ter uma alimentação balanceada e ingerir líquidos, além de evitar contato com outras pessoas em ambientes fechados e aglomerados, evitar a exposição de menores de cinco anos ao clima chuvoso, manter ambientes bem ventilados, caso o indivíduo apresente febre, tosse, dor de garganta, falta de ar ou qualquer outro sintoma associado deve procurar o serviço de saúde para melhor avaliação.
Síndromes gripais
As síndromes gripais se caracterizam por uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. O paciente pode apresentar febre alta de início súbito, acompanhada por intensas dores musculares e articulares, dor de cabeça, dor de garganta e coriza. Os sintomas podem evoluir para falta de ar e outras complicações respiratórias. As pessoas que possuem algum fator de risco para complicações ou alguma imunodeficiência têm um risco maior e podem apresentar complicações respiratórias associadas à infecção viral.
A gripe é transmitida de pessoa a pessoa, ao falar, tossir, espirrar, principalmente, e pelas mãos que transmitem o vírus por contato direto ou contaminando a superfície e objetos.
A população indígena, gestantes, puérperas, crianças menores de dois anos e idosos são considerados público de maior risco, assim como pessoas que apresentam condições como pneumopatias (incluindo asma), doenças cardiovasculares, doenças hematológicas, distúrbios metabólicos, transtornos neurológicos e do desenvolvimento que possam comprometer a função respiratória, imunossupressão, obesidade, doenças renais e do sangue.
O diagnóstico de Influenza só é possível com a coleta de amostra de nasofaringe, exame indicado apenas para pacientes internados. O diagnóstico clínico de uma síndrome gripal pode ser dado em uma consulta médica.
A medicação específica para tratamento das síndromes gripais é o Tamiflu, distribuído gratuitamente pelo SUS, que pode ser retirado em hospitais públicos e em 23 Unidades Básicas de Saúde da Semsa, com prescrição médica simples em duas vias. É preciso apresentar documento de identificação e Cartão do SUS. O antiviral não é vendido em farmácias.
A lista com os endereços das unidades de referência para atendimento e onde pode ser encontrada a medicação está disponível no link https://bit.ly/3DSxGXt.
Resultados da campanha
Este ano, a campanha de vacinação contra a Influenza teve início no dia 12 de abril, tendo sido estendida até o mês de agosto. A meta era imunizar cerca de 642.003 pessoas de 17 grupos prioritários em Manaus, sendo gestantes, mães no pós-parto até 45 dias (puérperas), crianças na faixa etária de seis meses a menores de seis anos, povos indígenas; trabalhadores da saúde; idosos com 60 anos ou mais; professores das escolas públicas e privadas; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiências permanentes; caminhoneiros; trabalhadores do transporte coletivo; trabalhadores portuários; forças de segurança e salvamento; Forças Armadas; funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade; e adolescentes sob medidas socioeducativas.
O Sistema Municipal de Vacinação (SMV) da Semsa, aponta que apenas em dois grupos – puérperas (109,60%) e indígenas (93,17%) as metas foram alcançadas. Nos grupos restantes, elencados para essa imunização, não foram alcançados os 90% preconizados pelo Ministério da Saúde. As doses remanescentes foram abertas para o público geral.
Foto – Marcely Gomes / Arquivo Semcom