Amazonas adere à campanha global para conscientização e combate à hanseníase
24 de setembro de 2021Assinatura do termo de cooperação será assinado na terça-feira (28/09), na Fundação Alfredo da Matta
Para promover a conscientização sobre a hanseníase e o combate à discriminação sofrida pelas pessoas afetadas pela doença, será assinado um termo de cooperação entre a Fundação Alfredo da Matta (Fuam), Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Mohan) Nacional e Estadual. A solenidade acontece na terça-feira (28/09), às 11h, no Auditório Damião Litaiff, na sede da Fuam.
A assinatura do termo marca um compromisso público para os envolvidos atuarem em prol da ação preconizada pelo embaixador da Boa Vontade para Eliminação da Hanseníase da Organização Mundial de Saúde (OMS), Yohei Sasakawa.
Intitulada “Don’t Forget Hansen’s Disease” (“Não Esqueça da Hanseníase”), a campanha visa promover mundialmente a conscientização sobre a hanseníase, além do combate à doença e à discriminação às pessoas acometidas por ela, bem como envidar esforços para a divulgação da causa em meios de comunicação, para divulgá-la amplamente para a população.
“O objetivo é chamar a atenção da sociedade, para lembrar sobre este problema de saúde pública que a hanseníase ainda representa em nosso país que não pode ser esquecido, especialmente neste cenário de Covid-19; além de firmar um compromisso entre as instituições que assinam este termo de cooperação para que executem ações efetivas para o combate à doença”, explica o diretor-presidente da Fuam, Ronaldo Amazonas.
Segundo o gestor da Fuam, com a assinatura do termo de cooperação, a instituição reafirma para a sociedade seu compromisso na luta contra a hanseníase, com o desenvolvimento de ações que contribuam para a eliminação da doença no estado.
A Fuam é centro de referência nacional para o Programa Nacional de Controle e Eliminação da Hanseníase e outras dermatoses de interesse sanitário, coordenando ações de combate à hanseníase e desenvolvendo atividades em todo o estado do Amazonas.
Com a implantação do Projeto Ação para Eliminação da Hanseníase (Apeli) em 2019, a Fundação assumiu o compromisso público de intensificar as ações de combate à doença nos municípios amazonenses, incluindo o combate ao estigma e preconceito que as pessoas acometidas pela doença ainda sofrem.
Estarão presentes no evento os coordenadores do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Mohan) Nacional, Artur Custódio de Sousa, e Estadual, Pedro Borges da Silva; o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto; e a Miss Brasil Mundo 2021 Carolina Teixeira, embaixadora da causa da Hanseníase no Brasil.
O objetivo principal da iniciativa é promover a conscientização sobre a Hanseníase e o combate à discriminação sofrida pelas pessoas afetadas pela doença, em solenidade que contará também com a presença do presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) Fernando Pigatto,da Miss Brasil Mundo 2021 Carolina Teixeira, embaixadora da causa da Hanseníase no Brasil.
Campanha – “Não Esqueça da Hanseníase” é o mote de uma campanha global idealizada pelo embaixador da boa vontade da Organização Mundial de Saúde (OMS), Yohei Sasakawa, para que governos, organizações e a sociedade em geral não esqueçam da doença mesmo em meio à crise da pandemia da Covid-19.
Além de promover a conscientização sobre a hanseníase e combater a discriminação sobre a doença, as instituições parceiras assumem o compromisso de se empenharem para contribuir com a eliminação da doença no Brasil, seja com ações concretas ou divulgando nos meios de comunicação atividades e eventos que chamem a atenção da sociedade sobre a causa da hanseníase.
O diagnóstico de novos casos da doença no país foi reduzido devido à pandemia de Covid-19. O estado do Amazonas, apesar dos esforços, seguiu a tendência de redução de diagnósticos de hanseníase no ano de 2020, apresentando redução na identificação de novos casos, passando de 403 casos novos em 2019, para 220 em 2020.
A diminuição do número de casos foi consequência, em grande parte, das dificuldades de acesso aos serviços de saúde impostas pela pandemia, cenário que precisa mudar.
A hanseníase tem tratamento e cura, sendo o diagnóstico precoce uma das principais estratégias para combatê-la e evitar possíveis sequelas. Qualquer alteração na pele ou perda de sensibilidade deve ser avaliada por um especialista.
FOTO: Rodrigo Santos/SES-AM