Denúncias de aumento no preço dos combustíveis em Manaus motiva investigação do MPAM

Denúncias de aumento no preço dos combustíveis em Manaus motiva investigação do MPAM

21 de fevereiro de 2025 0 Por redação

Órgão solicitou informações ao Procon-AM sobre fiscalizações e autuações em postos de combustíveis

Diante de várias denúncias sobre reajustes nos combustíveis, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio da 81ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), instaurou um procedimento administrativo, no início da noite desta sexta-feira (21), para apurar um suposto aumento abusivo no preço da gasolina e do etanol na capital amazonense.

Assinada pela promotora de Justiça Sheyla Andrade dos Santos, a ação foi motivada por notícias veiculadas na imprensa sobre mudanças significativas nos combustíveis, sem justificativa aparente. O procedimento, publicado no Diário Oficial Eletrônico do MPAM (Dompe), tem como objetivo proteger os direitos dos consumidores e assegurar que os valores cobrados pelos postos estejam em conformidade com a legislação vigente.

Para investigar possíveis irregularidades, o MP expediu um ofício, eletronicamente, ao Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor (Procon-AM), solicitando relatórios de fiscalizações realizadas, denúncias e eventuais autuações por práticas abusivas no setor, em um prazo de 15 dias.

O procedimento instaurado também apura possíveis infrações ao Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078/90). De acordo com a legislação, é vedado ao fornecedor elevar preços, sem justa causa, e exigir vantagem manifestamente excessiva dos consumidores.

Ao falar do procedimento, a promotora de Justiça Sheyla Andrade, titular da 81ª Prodecon, ressaltou que o setor de comercialização de combustíveis é muito importante para a economia do Estado, porém não está isento de monitoramento por parte dos órgãos que compõem o sistema de defesa do consumidor.

“Mesmo não havendo o tabelamento de preços, uma vez que para este mercado o que prevalece é a livre concorrência, nós não podemos permitir que esse setor pratique preços que possam ser considerados abusivos e, dessa forma, causar prejuízo para a coletividade”, comentou a promotora.

O Procon-AM tem o prazo de 15 dias úteis para apresentar os relatórios detalhados sobre levantamentos e fiscalizações realizadas em postos de combustíveis da capital. Caso seja comprovada a existência de aumentos indevidos, o MPAM poderá adotar medidas judiciais e extrajudiciais para responsabilizar os envolvidos e garantir a normalização dos preços.

“Logo que esses relatórios cheguem ao Ministério Público, nós iremos fazer o devido encaminhamento à Agência Nacional de Petróleo, para que ela também possa analisar e verificar a ocorrência, ou não, de prática abusiva por parte dos fornecedores”, explicou a promotora de Justiça.

Foto: Divulgação