Startup AeroRiver, do Amazonas, conquista edital Finep em aviação sustentável
6 de agosto de 2024A startup amazonense AeroRiver foi contemplada com recursos de subvenção econômica para projetos inovadores, na temática de aeronáutica, para o projeto Volitan.
Os recursos são oferecidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através da Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, com o intuito de fomentar o desenvolvimento tecnológico de iniciativas inovadoras que gerem impacto positivo nos contextos de mobilidade e sustentabilidade.
O projeto Volitan consiste na concepção e fabricação do primeiro veículo de efeito solo do Brasil para transporte de passageiros e cargas, otimizado para o cenário amazônico, onde o setor logístico sofre por falta de alternativas mais ágeis e baratas de transporte.
A tecnologia do Volitan é a junção de um barco e um avião. Isso permite que ele sobrevoe os rios com até 40% mais eficiência energética em consumo de combustível em relação a aeronaves de mesmo porte e capacidade, que não são otimizadas para o voo em efeito solo.
A equipe, composta por engenheiros com especialização no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), enxerga no contexto amazônico o futuro da modalidade de transporte regional local. Além disso, o modelo de negócio prevê a expansão para outros cenários, onde fatores operacionais e altos custos são fatores limitantes.
Para Lucas Guimarães, co-fundador da Aeroriver, esta é uma grande conquista para o desenvolvimento da região amazônica, além de um grande passo em prol daqueles que penam pela falta de alternativas de transporte e escoamento na região: “Como amazonenses, temos em nossa cultura que as viagens são, obrigatoriamente, longas ou caras, quando falamos de barcos e aviões. A AeroRiver veio para revolucionar essa realidade, sem desmatar a floresta e com maior eficiência energética. Essa é a nossa missão. Retribuir ao nosso povo uma nova forma de se conectar e prosperar”, salienta o atual diretor-executivo da AeroRiver.
Os recursos concedidos são da ordem de aproximadamente R$ 10 milhões, e serão empregados nas fases de aperfeiçoamento do projeto e desenvolvimento do primeiro protótipo em escala real, a ser testado e otimizado nos rios da região amazônica.