Nova lei que aumenta para 35 anos prazo para amortização de financiamento imobiliário promete aquecer mercado
2 de setembro de 2022A partir deste dia 1º. de setembro, quem quiser financiar imóveis do programa Casa Verde e Amarela pela Caixa Econômica Federal, utilizando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), poderá optar pelo prazo de até 35 anos para amortização do contrato. Essa foi uma das principais mudanças estabelecidas pela lei nº 14.438/2022, publicada no Diário Oficial da União dia 25.08. Até esta data, o tempo máximo era de 30 anos. A medida é vista com otimismo pelo mercado, pela expectativa de proporcionar a ampliação das vendas de imóveis.
Outras iniciativas do Governo Federal aprovadas nos primeiros meses deste ano, como redução da taxa de juros e a reativação da linha pró-cotista, que permite financiamento de imóveis de até R$ 350 mil com recursos do FGTS, já tem aquecido o setor. Na prática, essas medidas tem permitido que famílias com renda a partir de R$ 1.500 consigam, obedecendo a alguns critérios, até zerar a entrada da compra do imóvel, além de aumentar o subsídio de financiamento.
A CEO da Lauschner Negócios Imobiliários, Grauben Lauschner, analisa que todas essas iniciativas tem como objetivo fortalecer o setor, que é um termômetro importante do desenvolvimento da economia do país. “Todos esses incentivos são vistos com ótimos olhos pelo mercado. O setor deve encerrar 2022 com saldo positivo e iniciar o próximo ano com o pé direito. São benefícios que devolvem ao consumidor o poder de compra da casa própria. O impacto disso é muito grande”, disse. A empresa dirigida por Grauben é amazonense, foi fundada em 2013 e possui oito filiais no Brasil.
Ela destaca que essa sensação positiva do mercado é comprovada nacionalmente por meio de pesquisas. A expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) é a de encerrar o ano de 2022 com estabilidade no mercado.
O estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do 2º trimestre de 2022, realizado desde 2016 pela CBIC e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, apontou que as contratações de financiamento pelo programa Casa Verde e Amarela aumentaram 20% no mês de julho deste ano, em relação ao mesmo período de 2021.
Segundo Grauben Lauschner, a procura por imóveis econômicos de valores até R$ 209 mil, que é o teto do Programa Casa Verde e Amarela no Amazonas, sempre foi muito grande. No entanto, o que o setor tem identificado, nos últimos oito meses, é a forte demanda também por unidades acima da faixa deste programa, mais precisamente entre R$ 209 mil e R$ 500 mil, inseridas na linha de financiamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE. “As grandes empresas de construção civil tem mantido um ritmo acelerado de lançamentos em diversas localidades. Temos gigantes do mercado local com 15 lançamentos prontos para serem disponibilizados. Isso assegura a oferta de imóveis na planta que são mais fáceis de serem adquiridos pelas facilidades de pagamento e parcelamento de entrada”.
De acordo com Grauben, na pandemia houve um volume gigantesco de vendas, o que não era esperado, ocasionando a falta de imóveis em determinado momento. Mas esse cenário foi totalmente superado, dada a quantidade de novos lançamentos na cidade. A Lauschner, por exemplo, comercializa mais de 100 unidades por mês. Por ano, isso gera uma movimentação de R$ 150 milhões em média. “Uma das nossas principais expertises é o fato de trabalharmos com todos os tipos de crédito imobiliário do mercado. Isso permite oferecer ao cliente a opção que melhor se adequa a sua necessidade”.
Evento – No período de 11 a 17 de setembro, Grauben Lauschner estará em Portugal representando a região Norte em uma missão internacional de imersão no mercado imobiliário do país. O objetivo é conhecer as principais tendências do segmento, entender as similaridades com o Brasil e proporcionar a troca de experiências entre os participantes.
Grauben Lauschner vai ministrar a palestra “Amazônia: Em busca de uma prosperidade sustentável”. A ideia é apresentar aos participantes a grandiosidade da região, o potencial existente e que pode ser muito mais explorado, de forma sustentável e integrada com a floresta e com os povos que aqui residem.
A “Missão Mercado Imobiliário Portugal” terá um roteiro de sete dias, passando por cidades como Lisboa, Içar Velas, D’Ouro, entre outros. Em cada local, os participantes farão uma imersão na cultura, gastronomia e no contexto imobiliário de cada região. “A missão é uma oportunidade de reforçar o networking e trazer experiências para serem aplicadas nos negócios. Falarei sobre a grandiosidade da região, o potencial existente e que pode ser muito mais explorado, de forma sustentável e integrada com a floresta e com os povos que aqui residem”, afirma.