Projeto apoiado pelo Governo do Amazonas estimula práticas agrícolas sustentáveis para produção de farinha

Projeto apoiado pelo Governo do Amazonas estimula práticas agrícolas sustentáveis para produção de farinha

19 de fevereiro de 2025 0 Por redação

A empresa Rico farinha é amparada pelo Programa Inova Amazônia Módulo Tração, uma parceria entre a Fapeam e o Sebrae

Considerada Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Amazonas, a farinha é um item essencial na mesa da maioria dos amazonenses. Em Manaus, o projeto “Rico Farinha” amparado pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), tem estimulado práticas agrícolas sustentáveis, com o objetivo de valorizar a agricultura familiar e promover o cultivo correto da mandioca para a produção da farinha, sem uso de agrotóxicos.

O projeto, amparado pelo Programa Inova Amazônia Módulo Tração, parceria realizada entre a Fapeam, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), tem contribuído para gerar um impacto positivo na vida dos agricultores locais e na cadeia produtiva, com foco na excelência do produto e no fortalecimento da comunidade.

O coordenador do projeto e empreendedor, Andrey Ricardo da Silva Nery, explicou que a ideia de criar a empresa nasceu justamente da “paixão por comer farinha”. Com isso em mente, ele viu uma nova oportunidade de negócio, que vai além de comercializar o produto, mas também visa agregar sustentabilidade e valorizar as técnicas tradicionais e a agricultura local.

“A Rico Farinha tem o compromisso com a sustentabilidade. Trabalhamos com práticas agrícolas que respeitam o meio ambiente, além de apoiar os agricultores locais com capacitação e ferramentas para melhorar suas práticas produtivas”, disse o empreendedor, ao acrescentar que a empresa atua no fortalecimento da economia local, e busca preservar os recursos naturais e promover o desenvolvimento social da região.

Segundo Andrey, apesar de ser amplamente consumida, a farinha enfrenta alguns desafios que vão desde o cultivo, a produção e a comercialização do produto. Com isso, ele destaca a importância de construir parcerias estratégias, como com a Associação dos Produtores Agroextrativistas da Floresta Nacional de Tefé e Entorno (Apafe) e demais órgãos de pesquisa, visto que são fundamentais para o crescimento e a melhoria contínua para produção.

Outro ponto que ele destaca como primordial é a valorização e o respeito aos agricultores locais, que são pilares essenciais.

Andrey destaca ainda que a expectativa é de que a empresa Rico Farinha continue a crescer e a se consolidar no mercado nacional, tornando-se uma marca referência de qualidade e sustentabilidade.

“Quero expandir a produção, explorar novas variedades de produtos derivados da mandioca e continuar impactando positivamente a comunidade onde estamos inseridos”, afirma.

O projeto visa, também, expandir a linha de produtos derivados da mandioca e investir em inovações que agreguem valor à produção, como produtos orgânicos e com certificação de Indicação Geográfica (IG).

Apoio da Fapeam

Para Andrey, o apoio financeiro e técnico da Fapeam, por meio do Inova Amazônia-Módulo Tração, permitiu que a empresa avançasse em várias frentes, como a implementação de tecnologias inovadoras, melhoria da infraestrutura e a capacitação da equipe.

“A parceria com a Fapeam fortaleceu nossa presença no mercado e ajudou a solidificar nossa estratégia de crescimento sustentável”, afirmou o coordenador do projeto sobre a importância do apoio da Fapeam.

Inova Amazônia

O Programa Inova Amazônia Módulo Tração visa fomentar, apoiar e desenvolver pequenos negócios, startups, empreendimentos e ideias inovadoras alinhadas à bioeconomia, que tenham como premissa a atuação direta ou indireta para preservação ou uso sustentável dos recursos da biodiversidade do bioma Amazônia.

A iniciativa busca ainda gerar novos negócios, agregar valor às empresas existentes e fortalecer o ecossistema de bioeconomia amazônico, por meio da inovação, da sustentabilidade e da conexão entre empreendedores da região e empreendedores de outras localidades.

Fotos: Divulgação/Acervo do coordenador da pesquisa, Andrey Ricardo da Silva Nery